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sábado, 28 de setembro de 2013

Definições

É bom definirmos que vamos chamar, aqui, de rádio tradicional aquelas que transmitem por meio de frequências (AM ou FM), conseguindo ser ouvidas através de um aparelho receptor (comumente chamado de rádio), já web rádio se referirá às rádios que operam exclusivamente na internet, portanto as rádios tradicionais que também transmitirem pela internet continuarão sendo classificadas como tradicionais ou hegemônicas.

As principais diferenças entre esses dois tipos de rádio (tradicional e web) são referentes ao consumidor final, ou seja, o ouvinte. Calma que você já irá entender.

Hoje, mais do que nunca, as rádios estão dependendo da publicidade para sobreviverem, não existem mais grandes empresas investindo grandes quantias só para ter seu nome divulgado (como a publicidade na rádio deveria ser), atualmente a publicidade dentro deste veículo usa o seu produto (a música) como forma de divulgação, ou seja, cantores e gravadoras passaram a ter uma relação mais estreita com as rádios, uma relação de sócios.

Fonte: everystockphoto.com

Modelo de rádio ideal

Empresas, de ramos sem conexão com a música, pagam para terem seus nomes e/ou produtos divulgados nos intervalos comerciais dos programas das rádios, com essa receita o rádio pode prover serviços de entretenimento para o ouvinte e ainda ter lucro, do outro lado o ouvinte se diverte com as canções mais pedidas, podendo interagir com a rádio fazendo um pedido de música e/ou oferecendo para alguém.

Por que, no modelo ideal, as empresas anunciantes não poderiam ter relação alguma com música?

Simples. Qual a principal forma de entretenimento de uma rádio? A música. Se uma empresa ligada a esta arte passa a anunciar nas rádios, corre-se o risco de que a música que você ouve não esteja tocando espontaneamente (por um pedido de um ouvinte ou por ser uma das mais pedidas em determinado período) e sim porque alguém pagou para a rádio fazer você escultar. Mas você já vai entender isso melhor, pois isso já acontece hoje e é mais comum do que você pode imaginar.


De posse da lógica do modelo ideal ficará mais fácil para que você entenda esta matéria e conclua se existe uma ditadura na música gospel ou não.

Radio de Música Gospel
Fonte: everystockphoto.com

Rádio Tradicional

Todas as rádios precisam de apoio financeiro para funcionarem, mas a forma com que conseguem esta verba difere um pouco. A rádio tradicional, ou hegemônica, está dividida em três formas de se manter (podendo haver uma mistura entre elas):

Por publicidade

Não há nada de errado com a publicidade em si, desde que se siga o modelo ideal, todavia as rádios tradicionais estão muito distante do modelo tradicional quando o assunto é publicidade. Grande parte dos anunciantes das rádios de música gospel, são cantores, compositores, gravadoras e músicos em geral; a consequência disso é que grande parte dos sucessos atuais, não são sucessos, realmente, foram forçados a serem sucessos (é comprovado que, por pior que a música seja, quando é repetida muitas vezes passamos a ter simpatia por ela), e o pior é que isso não é uma coisa clara, as rádios misturam as músicas patrocinadas com pedidos de ouvintes para que fique parecendo, realmente, que a música está sendo pedida, resumindo, a rádio é paga para forjar um sucesso que ainda não existe e você (o besta da história) dá audiência para a emissora pensando que está ganhando, mas na verdade está sendo feito de trouxa.

Sendo patrocinada por uma congregação

Um caso ainda pior é quando a rádio é patrocinada por determinada congregação, isso porque algumas congregações não gostam que seus "fiéis" ouçam artistas de outras congregações. Isso faz com que a a rádio patrocinada por ela (ou, em muitos casos, pertencente à congregação) toque apenas o que a congregação deseja, desprezando, totalmente, o desejo do ouvinte que, mais uma vez, faz papel de besta.

Sendo patrocinada por uma gravadora

Este, com toda certeza, é o pior de todos os casos. Quando isto acontece a rádio não fica restrita a tocar músicas de cantores de determinadas congregações ou de determinadas regiões, fica restrita, apenas, à uma parcela muito pequena de cantores (quando estamos falando em âmbito nacional), ao "cast" da gravadora que patrocina a rádio ou o programa.

Dentre esses três casos apresentados, o menos ruim é o primeiro, quando a rádio recebe patrocínio de pessoas e empresas ligadas à musica, lembrando que isso ainda é ruim, mas entre os três casos é o mais aceitável, pois, mesmo manipulando sucessos e enganando o ouvinte, ela tem um acervo muito maior do que as outras opções. Ou seja, engana o consumidor em determinados horários (geralmente em horários nobres), mas no restante de sua programação entram todos os artistas que os ouvintes - realmente - pedem.


Web Rádio de Música Gospel
Fonte: everystockphoto.com

Web Rádio

Neste tipo de rádio a infidelidade dos ouvinte contribui a favor deles mesmos. A facilidade que o ouvinte tem em trocar de emissora, pela internet, é tão grande quando a sua vontade, por isso as rádios desse ramo se preocupam bastante com a satisfação do usuário final. Isso as leva a proverem melhores serviços do que muitas rádios FM e AM que existem por aí. De uma forma geral o método que a web rádio usa para gerar receita é o mesmo das emissonas tradicionais, a publicidade, mudando, apenas, a forma com que fazem isso.

Por publicidade

Toda rádio depende da publicidade, mas as transmitidas exclusivamente pela internet tem a consciência de que dependem ainda mais, portanto a publicidade é praticada, tanto quanto nas emissoras hegemônicas, todavia o usuário é avisado que se trata de publicidade, tanto de uma forma explicita (informando ao usuário que determinada parte do programa se trata de um intervalo comercial) ou implícita (quando nada é informado, mas o formato do anuncio deixa claro que se trata de publicidade). A principal diferença entre as rádios web e hegemônicas é que esta ultima não costuma deixar a publicidade explicita, muito pelo contrário. A maior dependência do ouvinte, que as web rádios têm (devido à facilidade de abando e da infidelidade por parte dos ouvintes, ambos já citados), faz com que a radio toque o que o usuário final pede, tentando de tudo para agradar a seus ouvintes, este tipo de rádio está ganhando cada vez mais usuários.

Feita por pessoas comuns

Geralmente esse tipo de rádio é idealizado e realizado por uma pessoa, ou um pequeno grupo, comum, por esse motivo não são ligadas a nenhum órgão fazendo com que as músicas tocadas não sofram influencia de nenhuma congregação ou gravadora, já que para essas não é interessante patrocinar web rádios (que possuem um numero, menor, de ouvintes); quando uma congregação ou gravadora quer atuar na web geralmente fazem uma versão de suas rádios tradicionais para a web, todavia lembre-se que aqui estamos falando apenas das rádios que são transmitidas exclusivamente pela internet. Essa isenção de órgãos públicos e privados, faz com que os resultados (as músicas tocadas) sejam mais reais, ou seja os sucessos são, realmente, as músicas preferidas dos ouvintes.

Gostos pessoais

Como as web rádios são produzidas por pessoas comuns (muitas vezes sem muito conhecimento da área), corre-se o risco de que as músicas tocadas sofram influencia do próprio locutor (ou locutores), mas quando isso ocorre a rádio perde audiência e não consegue publicidade para se manter, mais cedo ou mais tarde fechará as portas. Mais uma vez a infidelidade dos ouvintes joga em seu favor.


Conclusão

Por todas as características citadas nesta matéria, pode-se concluir que, hoje, a música gospel em geral tem muito mais apoio das web rádios do que das rádios hegemônicas. Como a música gospel pode evoluir se não há uma competição sadia entre os compositores, cantores e gravadoras, sendo preferível pagar para uma rádio forjar o sucesso de uma música do que realmente fazer uma música que seja um sucesso natural? Nós temos que repensar muita coisa na música gospel brasileira, muita coisa está boa, mas muita coisa tem que mudar caso queiramos ter uma música gospel sadia, inteligente e, acima de tudo, verdadeiramente cristã.

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Autor
Eric Eduardo
Formado em sistemas de informação e atualmente morando em Recife, não poderia deixar a minha paixão pela música de lado. Gosto de compor, de ficar "só", de refletir, meditar, ir à praia, entre várias outras "coisas relax". Se ainda não me conhece não deixe de fazer parte das minhas redes sociais. Sou autor e editor chefe deste blog, entao seja muito bem vindo!

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